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A Cirurgia Plástica Globalizada

  • scopelv
  • 10 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 20 de jul. de 2020

Vivemos num mundo globalizado, onde nunca foi tão fácil ter acesso à informação, bens e serviços. Tal fenômeno afetou a todos e também todas profissões. Com a medicina não foi diferente. Os pacientes têm muito mais acesso à informação, questionam seus médicos baseados no Google e chegam às suas consultas propondo seus tratamentos.

Na cirurgia plástica isso também acontece. A globalização nos afetou diretamente. De maneira positiva, os pacientes têm muito mais acesso aos consultórios. As técnicas evoluíram, os resultados aperfeiçoaram, os produtos e medicações tornaram as intervenções mais seguras, menos dolorosas e de recuperação mais rápida. Nunca antes na história da medicina tivemos pacientes tão bem preparados para uma cirurgia, com anestesias tão seguras ou hospitais tão bem equipados.

Mas então, por que ainda vemos complicações graves e até óbitos em cirurgia plástica? Complicações são eventos inerentes de qualquer procedimento cirúrgico. No entanto, a grande maioria é passível de prevenção, restando muito poucos casos que saem da curva normal.

Aí vem a relação negativa da cirurgia plástica com a globalização. Tantas informações, mas quais destas são verdadeiras e importantes? Não existem filtros. Surgiu com a globalização outro fenômeno, o do imediatismo. Os pacientes querem tudo para ontem. Esperam que uma cirurgia seja de resultado instantâneo, assim como tomaram a decisão por fazê-la. Não querem mais passar por avaliações, exames, planejamento, compreender os motivos pelos quais o médico está indicando determinado procedimento ou contraindicando. Querem fazer algo. Seja porque viram na revista, na rede social ou porque a celebridade diz ter feito.

A esmagadora maioria dos casos de graves complicações ou de óbitos não foram fatalidades, eram eventos anunciados. Pacientes mal preparados, médicos sem treinamento, locais inadequados, etc. Sim, os médicos têm sua parcela de culpa. Com a concorrência aumentando, muitos aventuram-se em procedimentos que não possuem formação, reduzem o número de consultas de avaliação, dispensam uso de anestesista e realizam cirurgias em locais inadequados. Tudo para reduzir custos e não perder o paciente para a concorrência.

Como o paciente pode evitar isto? Novamente, através da informação. Pesquisar sobre seu médico, qual sua formação, treinamento, se é membro da Sociedade reguladora da especialidade. Ir à consulta médica, ou a várias, tirar dúvidas, questionar os motivos, fazer exames. Perguntar sobre o local que será a cirurgia, quais as condições de segurança, tipo de anestesia. Procurar saber sobre sua recuperação, cuidados, repouso, retorno ao trabalho. Ou seja, a informação ainda é o melhor remédio, em tempos de globalização.

Dr. Vicente Scopel de Morais Médico, Cirurgião Plástico

 
 
 

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